Eu
chego da geografia do apocalipse
do
silêncio da água onde me resisto lascivo à mutação,
asas
nos braços e penas nas mãos
patas
nas pernas e cascos nos pés.
Eu
chego perdido entre a infância e o silêncio,
do
mistério trágico da água que corta a espera,
nascente
na testa e enchente à margem do nariz
–
e a seca tão rude se prolonga e atinge o norte da memória.
Eu
chego e espero a légua quebradiça do destino
e
dentro de tudo que é faro, me aprisiono na água!